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10 perguntas e respostas sobre os próximos desafios na distribuição hoteleira que lhe poderão interessar

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Reunimos nesta publicação algumas das perguntas que os hoteleiros têm feito nas últimas semanas, bem como as nossas respostas. Aqui resumimos várias questões sobre o contexto atual, riscos e efeitos, bem como as nossas recomendações para manter ou aumentar a sua quota de vendas diretas.

perguntas e respostas distribuição hoteleira mirai

1. O viajante online está a mudar?     

Na nossa opinião, o viajante tornou-se mais digital, mais direto, mais capaz de pesquisar e reservar online. E, simultaneamente, também mais exigente em diferentes aspetos, como na procura do melhor preço.

Durante a pandemia, todos nós experienciámos o confinamento ou restrições de mobilidade, o que “empurrou” muitas pessoas para as compras online pela primeira vez. Esta é uma das razões por que temos uma quota de venta online de 60% no setor das viagens (voos, hotéis, aluguer de automóveis…).

Também já vivemos vários episódios de cancelamentos em massa, e os viajantes aperceberam-se de que é muito mais eficaz falar diretamente com o hotel. Muitos ainda esperam pelo reembolso de uma ou outra agência de viagens…

2. Quais são os principais avanços tecnológicos de que devo tirar partido na venda direta? 

2022 tem sido um bom ano em termos de inovação tecnológica, mas concentrando-nos nas ferramentas e funcionalidades que permitem aos hotéis competir com gigantes da distribuição online como, o Booking.com ou o Expedia, estes seriam os principais a considerar:

  • A Google, com o seu grande impulso ao Google Hotels (onde, por exemplo, introduziu os Free Booking Links e melhorou modelos como a comissão por estadia -em inglês-), as novidades do Google Travel ou as funcionalidades melhoradas para a gestão, automatização e personalização de campanhas no seu ecossistema de anúncios.
  • Os websites e motores para hotéis são melhorados diariamente, e complementados com cada vez mais funcionalidades e soluções melhor integradas (com widgets de todos os tipos, chatbots -em inglês-, aceleradores de vendas, upselling e cross-selling, gémeos digitais…).
  • Soluções de pagamento, que cada vez mais facilitam e asseguram este passo delicado que é muitas vezes o calcanhar de Aquiles de muitos hotéis. Avanços tecnológicos como Digital wallets, Bizum, Criptos, BNPL…

3. Como se vê a venda direta hoteleira após a covid? 

O turismo ressuscitou fortemente e as vendas diretas online foram impulsionadas. As principais empresas de turismo mostram, nos seus resultados publicados de 2022, níveis de vendas nunca atingidos. E a venda direta colhe ótimos resultados e a caminho de ser o principal canal de reservas dentro de pouco tempo (Phocuswright indica 2025).

venda direta após covid mirai

4. Haverá crise em 2023? 

Após este estranho período, que superámos com muito esforço e algum oxigénio dos governos e dos bancos centrais, outros problemas acumulam-se e não têm solução fácil ou rápida. Além disso, já não temos o benefício da política monetária. Pelo contrário, a torneira do dinheiro fecha-se e as taxas de juro sobem… Tudo isto parece estar a conduzir-nos a um período de recessão económica, tendendo a afetar a procura de viagens. Contudo, por enquanto, a evolução das reservas corre bem, com um ritmo saudável de novas reservas e cancelamentos em mínimos históricos (pelo menos para as vendas diretas).

eventual crise 2023 mirai

5. O que fazer se 2023 correr mal? 

Esperemos que isto não aconteça mas, caso tal ocorra, vigie de perto a procura (tanto globalmente, dos dados partilhados pela Google, como da sua venda direta) e prepare possíveis ações para a estimular:

  • Ações e campanhas “pré-cozinhadas”, prontas a lançar caso seja necessário (por exemplo, ofertas agressivas de reservas antecipadas utilizando taxas NR semiflexíveis).
  • mercados mais sensíveis do que outros: analise e atue conforme o mercado (estimula os mais apagados e maximiza os mais ativos). Aqui também pode encontrar algumas ideias.

E, se a incerteza regressar, lembre-se da fórmula vencedora mais utilizada durante o período da covid: aposte em canais ágeis e dinâmicos como o seu website

Pode também antecipar futuros cancelamentos, assegurando o negócio o mais cedo possível: aumenta as ofertas pré-pagas, mas oferece flexibilidade para alterações (essencial para que o viajante reserve antecipadamente e com pré-pagamento).

Em qualquer caso, não deixe de investir em marketing, mas otimize a sua presença nas principais vitrines, como os motores de metapesquisa. Por exemplo, no Google Hotels pode ajustar rapidamente o que pretende e o retorno. Use o modelo de comissão por estadia -em inglês- e os Free Booking Links!

6. Como posso melhorar a minha distribuição?

Ordene-a e organize-a. Menos pode ser mais, muito mais: menos distribuidores (especialmente aqueles que se sobrepõem uns aos outros, tais como grossistas) e mais alinhados com os objetivos do seu hotel. A chave aqui é encontrar o menor número de distribuidores, que complementem adequadamente as suas vendas diretas, e cheguem aos territórios e segmentos de clientes de que o seu hotel necessita (requerendo uma boa análise prévia). Distribuidores que sejam de confiança e se tornem verdadeiros parceiros, não geradores de conflitos e discussões.

Para compreender que canais e mercados são relevantes e o valor que fornecem, basta analisar os dados mensais por canal e mercado para a última temporada, calculando o seu preço médio líquido. Com esta análise conseguirá compreender quais os canais/mercados que complementam as suas vendas diretas e proporcionam um valor real.

análise distribuiçao canais e mercados mirai

7. Que canais convém trabalhar na venda direta?

A Customer Journey é mais complexa: surgem novos canais onde os utilizadores se inspiram e informam e onde pesquisam, comparam e reservam. Procurar o tráfego adequado para a venda direta pode chegar a ser complicado, mas se nos focarmos na fase final do funil (ou seja, perto da compra) o tema simplifica-se:

  • Adapte-se aos canais onde está o cliente e não o contrário

– Na fase de inspiração e pesquisa: redes sociais, blogs, ecossistema Google, metapesquisa…

– Na compra: as OTAs, o seu website, o contact center…

  • Na venda direta é essencial coordenar o website e o call center. São duas caras da mesma moeda, a venda direta. Ambas as equipas devem estar alinhadas na estratégia comercial, e possuir a tecnologia necessária para otimizar a experiência do cliente e maximizar as vendas. Este binómio pode ser uma combinação vencedora para as vendas diretas (1+1=3).

8. É necessário ter um preço melhor no website?

De acordo com um estudo recente sobre o perfil do viajante de hoje em dia, 53% admitem passar mais tempo à procura do melhor preço de alojamento em comparação com dois anos atrás. Isto dá-nos una pista de quão importante é ter um preço competitivo

Ser competitivo no seu website relativamente aos distribuidores que oferecem o seu produto parece ser algo óbvio, no entanto, é muito comum que o website de um hotel seja mais caro do que vários dos seus distribuidores. Isto costumava acontecer com alguns distribuidores específicos e normalmente secundários, mas hoje em dia acontece mesmo com os mais importantes (grupo Booking.com e grupo Expedia).

A paridade de inventário e tarifas já não é uma estratégia válida. É o momento de redefinir uma nova relação com as OTAs que permita fazer crescer o seu canal direto e reduzir a sua dependência, ganhando mais dinheiro. Não é simples, mas é perfeitamente viável. É necessária a tecnologia certa, investimento em marketing, conhecimentos ou um bom aconselhamento e muita paciência.

9. Que percentagem de reservas diretas, provenientes de motores de metapesquisa, considera ideal? De que investimento falamos?

Não há uma resposta única, pois depende muito de cada destino e dos seus mercados, mas o que é certo é que se torna cada vez mais relevante no processo de pesquisa e reserva. Depende também do modelo de atribuição que utilizamos (a sua contribuição pode mudar radicalmente). Se tivéssemos de estimar um valor médio para todos os hotéis, este seria de cerca de 20 – 25% da quota

Uma boa presença em motores de metapesquisa depende de vários fatores: 

  1. Boa conetividade com o motor.
  2. Bons preços e condições.
  3. Investimento adequado bem gerido.

Assumindo que os dois primeiros fatores estão certos, a nossa experiência na gestão de mais de dois mil hotéis em motores de metapesquisa permite-nos obter um desempenho ótimo deste canal, sendo necessário investir em média apenas 7% das vendas conseguidas. Em qualquer caso, pode arrancar em segurança em vários motores de metapesquisa num modelo de comissão por estadia, onde só paga uma variável (normalmente 10%) das estadias que obtiver.

10. Se houver uma crise em 2023, o investimento em marketing deve parar?

Não pare o marketing digital: adapte-o e aproveite-o ao máximo.

O turismo provou ser muito resiliente e, mesmo que as dificuldades económicas continuem durante 2023, haverá sempre turistas dispostos a viajar (mais em alguns mercados e destinos do que noutros), pelo que será fundamental: 

  1. Ter uma boa presença onde os utilizadores pesquisam, comparam e reservam.

marketing digital presença utilizadores mirai
2. Conseguir segmentar utilizando todos os dados disponíveis, requerendo a utilização da tecnologia certa e ser ativo na análise.

3. Tomar medidas ágeis para se adaptar às flutuações da procura.

Em resumo:

Após alguns anos difíceis em que aprendemos que tudo é possível, o turismo ressuscitou em força, em parte devido a um turista que se adapta e evolui. Um turista cada vez mais digital, omnicanal, exigente e que sabe como encontrar o melhor preço. Além disso, a tecnologia avança rapidamente e a democratizar-se, permitindo que os hotéis compitam pelo cliente final contra os “Golias” da distribuição online. 

2023 ainda está repleto de incerteza e é necessário estar preparado:

Analise a sua distribuição atual e assegure-se de que é eficiente e ágil. Fazê-lo mais tarde, quando o problema já está instalado, é muito mais complicado.

Prepare e potencie o seus canais diretos e assuma o controlo dos seus preços. São seus. Deverá sempre poder escolhê-los.

Monitorize os seus números de reservas com frequência (com o apoio de um bom BI) de modo a conseguir perceber possíveis dificuldades antecipadamente, reagir e analisar os resultados das suas ações.

Na Mirai, ajudamos há décadas os hotéis a otimizar a sua distribuição e a maximizar as suas vendas diretas de uma forma sustentável e controlada. Fazemo-lo com soluções tecnológicas de primeira classe e, agora, também com a Mirai Consulting, o nosso serviço de consultoria independente e dissociado das nossas soluções tecnológicas.

 

A crescente contribuição dos motores de metapesquisa para as vendas do canal direto dos hotéis

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contribuição motores de metapesquisa canal direto mirai

Desde o seu aparecimento, há cerca de uma década, os motores de metapesquisa tornaram-se uma valiosa fonte de receitas para o canal direto dos hotéis. A sua contribuição em termos de reservas tem sempre aumentado, exceto em 2020, devido à pandemia global, embora tenha recuperado fortemente no ano seguinte. 2022 terminou com mais 20% de reservas procedentes de motores de metapesquisa em relação a 2021 e mais 41% em relação a 2019.

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No final desta publicação explicamos como obtivemos estes números, bem como o modelo de atribuição que utilizámos.

Cresce o contributo dos motores de metapesquisa, mas diminui a sua quota

Apesar deste crescimento significativo de 41% em comparação com 2019, a sua quota no número total de reservas diminuiu de 23,1% em 2019 para 16,4% em 2022, o equivalente a 30%. Em termos de receitas geradas, a quota passa de 18,5% para 13,2%. Isto porque as reservas em motores de metapesquisa têm, em média, 11,4% menos ADR e 7,7% menos tempo de estadia, o que resulta numa redução do valor médio das reservas em 19,6%.

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Por que é que o número de reservas em motores de metapesquisa está a crescer, mas a sua quota diminui?

Embora as reservas em motores de metapesquisa tenham crescido 41% entre 2019 e 2022, o número total de reservas diretas cresceu a uma taxa muito mais elevada, 98%, reduzindo a quota de reservas dos motores de metapesquisa. Há quatro razões que o explicam:

  • Aumento dos investimentos em marketing digital: muitos hotéis compreenderam finalmente que precisam de mostrar o seu canal direto nos locais onde os clientes procuram. Em 2022, os hotéis investiram 114% mais em anúncios do Google e geraram 132% mais reservas do que em 2019. Um crescimento muito mais significativo do que o crescimento de 41% nas reservas através de motores de metapesquisa.

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  • O aumento de reservas diretas durante a covid: a pandemia teve um efeito tsunami nos hotéis, transferindo muitas reservas de canais offline para canais online. Os clientes aprenderam que o canal direto não é apenas um ótimo local para obter a informação mais precisa, mas também uma boa opção para reservas. Isto resultou em hotéis que experienciaram um impulso orgânico significativo nas reservas diretas em 2022. Desde então, o canal direto vai de vento em popa e desfruta de um momento sem precedentes.
  • Fidelização: muitos hotéis finalmente reagiram e lançaram os seus próprios programas de fidelização, em vez de participarem apenas em programas de OTA. Estes programas criam verdadeiros incentivos para reservar diretamente sem necessidade de mais investimentos em marketing, tais como Google Ads ou motores de metapesquisa. Na nossa análise, 31% dos hotéis tinham um programa de fidelização em 2022, em comparação com apenas 4% em 2019. Além disso, a melhoria da tecnologia também ajudou a converter 80% de todos os novos clientes que fizeram uma reserva em membros do clube, em comparação com 31% em 2019. Como resultado, as bases de dados de clientes crescem rapidamente e o número de hóspedes repetidos segue lentamenteo exemplo, criando uma base saudável de reservas diretas para os anos vindouros.

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  • Recuperação mais lenta da participação em motores de metapesquisa. Durante a pandemia, a maioria dos hotéis parou os seus investimentos em marketing online, exceto nas plataformas que ofereciam  um verdadeiro modelo de comissão por estadia (CPA), o Google Hotel Ads (em inglês), o único na altura, seguido do trivago desde o início de 2022, com o seu modelo CPA líquido. Os modelos CPA são muito interessantes porque são isentos de risco para os hotéis, sendo natural que muitos (especialmente os independentes) os prefiram aos modelos de custo por clique (CPC). Os nossos dados mostram que 58% dos hotéis que investiram em motores de metapesquisa em 2019, especialmente no CPC, não retomaram as suas campanhas em 2022. Isto é algo contraditório, uma vez que muitos destes hotéis aumentaram os seus orçamentos do Google Ads.

A Google Hotels aumenta o seu domínio

Em 2019 analisámos o investimento hoteleiro nos principais intervenientes e concluímos que o Google Hotels se tinha tornado o interveniente dominante, com 67% do total gasto. Esta nova análise baseia-se no número de reservas (não no investimento), mas chega à mesma conclusão: o Google Hotels continua a ganhar quota, passando dos baixos valores de 70% em 2019 para mais de 85% em 2022. Uma das principais razões para este aumento foi a democratização do programa de comissões durante a pandemia, que convenceu muitos hotéis a ficar ou a aderir. Após terem atingido os seus valores mais baixos no primeiro trimestre de 2022, tanto o Tripadvisor como o trivago recuperam com sucesso parte da sua quota perdida. A diminuição dos cancelamentos e o aumento dos ADR devolveram aos hotéis alguma da vontade de retomar as suas campanhas nos modelos CPC.

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Como calculámos estes números?

Escrever uma publicação que lide com números pode ser sempre controverso, por isso queremos partilhar como obtivemos todos os números na nossa análise para dar o contexto adequado. As médias são simplesmente isso. Os números, dependendo de cada hotel, podem ser muito diferentes dependendo de muitos fatores: destino, ponto de venda, perfil do cliente e conhecimento dos hotéis. Recomendamos que não se cinja aos valores exatos desta análise, mas sim às tendências para os comparar com os seus próprios dados e obter pistas sobre como melhorar a sua estratégia relativa aos motores de metapesquisa no futuro.

  • Conjunto de hotéis analisados: um total de 944 hotéis: 50% de hotéis independentes e 50% de cadeias hoteleiras com um máximo de 50 estabelecimentos. stes hotéis têm investido continuamente em motores de metapesquisa entre 2019 e 2022.
  • Motores de metapesquisa: Google Hotels, Tripadvisor, trivago, Skyscanner e Kayak. A Bing Hotel Ads foi introduzida em 2022.
  • Pontos de venda: as regiões com maior percentagem de reservas foram a Europa Ocidental com 53%, América do Norte com 24%, América Latina com 16% e Ásia com 5%.
  • Modelo de atribuição: como explicado acima, recolhemos dados utilizando o modelo de “atribuição assistida” com uma vida útil dos cookies de 30 dias. O objetivo desta publicação não é tanto a extração de dados exatos, mas a tendência ao longo do tempo.

 Conclusão

Se uma fonte de tráfego gera 13% do total das receitas diretas de um hotel, é imperativo que esteja presente no seu mix de canais de marketing online, e essa é a quota média com que os motores de metapesquisa contribuem. Apesar da queda em 2022, prevemos que começará a recuperar à medida que os orçamentos de marketing digital estabilizarem, que o Google aumente a visibilidade do Google Hotels e outros motores de metapesquisa facilitem a incorporação de mais hotéis, com modelos de participação baseados em comissões.

Se investe em motores de metapesquisa, mas não está satisfeito com os resultados, lembre-se de que os motores de metapesquisa não podem ser ativados e ignorados. Não funcionam assim. É necessária a tecnologia adequada, a estratégia adequada de otimização da oferta, o motor de reserva adequado e a estratégia direta adequada.  Se quiser melhorar os seus resultados, não tem outra escolha senão fazer alterações em uma, duas ou três destas quatro variáveis.

Por fim, para aqueles de vós que não participam em nenhum motor de metapesquisa… têm a certeza de que não estão interessados numa fonte de tráfego que poderia gerar 13% das vossas receitas?

 Sobre a Mirai Metasearch

A Mirai Metasearch liga o seu hotel aos motores de metapesquisa, conseguindo uma maior rentabilidade do que as vendas geradas através das OTA. Para mais informações, contacte-nos em metasales@mirai.com

Sobre a Mirai Consulting

O nosso serviço de aconselhamento e suporte para hotéis que queiram levar a sua distribuição e venda direta para o nível seguinte. Mais informações em consulting@mirai.com.

 

Hotel Digital Marketing interviews, episódio 3: mid and upper funnel

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Continuing with the series on Digital Marketing for hotels with Revenue Hub, we bring you the third episode where Trevor Grant and Pau Siquier go deeper into the upper and middle funnel and differences between them.

What is the purpose of the middle funnel? How important is it to target the right audience, create awareness and visibility to our website in the upper funel? What about metrics analysis?
What can we expect about the traffic to our website in this stage? Where Social Media platforms fit in terms of intermediate funnel?

Trevor and Pau will discuss about all this and show you the importance of distinguishing the value of activity at each level of the funnel.

*Poderá ativar as legendas na secção de Settings do Youtube

Esperamos que goste! Se assim for, deixe um like no vídeo do YouTube, levar-lhe-á apenas um segundo. Também pode deixar os seus comentários no vídeo do Youtube ou mais abaixo neste post.

 

Incorporamos a informação da fonte e do meio em cada reserva

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A informação é poder e tempo é dinheiro, pelo que a rapidez na extração e análise de dados é cada vez mais importante. De um ponto de vista operacional, o “de onde vem uma reserva” não é muito relevante. De um ponto de vista de marketing, porém, é uma informação vital, pois permite-nos avaliar eficazmente o desempenho dos nossos esforços no posicionamento da nossa web nos diferentes escaparates, sejam gratuitos ou pagos.

informação fonte meio Mirai

Esta “fonte ou origem da reserva”, mais conhecida como atribuição de reserva, torna-se um objeto de desejo e a automatização do consumo desta informação é cada vez mais essencial. A Mirai sempre relatou esta informação com cada reserva, mas deixámos de o fazer devido à complexidade de obter os dados com precisão. Não foi uma perda, pois os dados sempre estiveram em Google Analytics, o seu lugar natural, já que este identifica de forma quase infalível como o cliente chegou à sua web, bem como aqueles que acabaram por fazer uma reserva. A informação não se perdeu, mas tê-la dissociada do seu sistema de reporting (motor de reserva ou channel manager) tornou-se um incómodo.

A partir de hoje, em todos os reportings da nossa extranet e, muito em breve, na nossa plataforma de BI, vamos recuperar a informação sobre a fonte e o meio de cada reserva de forma precisa e fiável.

Mas o que é a fonte e o meio de uma reserva e para que servem?

Transcrevemos, com mais alguns comentários, a descrição que a própria Google faz de cada um:

  • Fonte: a origem do seu tráfego, tal como um motor de busca (por exemplo, google ou tripadvisor) ou um domínio que faz a ligação à sua web (exemplo.com).
  • Meio: a categoria geral da fonte como, por exemplo, pesquisa orgânica (organic), pesquisa com pagamento por clique (cpc), encaminhamento web (referência).

Conhecer de forma agregada a fonte e o meio de todas as suas vendas na web permite-lhe saber muito mais sobre a origem do seu tráfego. Isto permite ter uma visão mais elevada no funil de conversão e conhecer os nomes e apelidos dos que lhe fornecem o tráfego que termina com a compra dos seus quartos. Dispor desta informação ajuda a identificar oportunidades de como derivar mais tráfego para a sua web potenciando as fontes (ou escaparates) que têm muitos clientes mas que, em troca, encaminham pouco tráfego para a sua web.

Quais são as fontes e os meios mais relevantes?

As fontes (source) mais importantes e padrão são:

  • Motores de busca como o GoogleYahoo ou Bing
  • Motores de metapesquisa como o Tripadvisor, trivagoKayak ou Google Hotel Ads
  • Domínios com ligações à sua web com blogs ou webs de viagens e hotéis (chamado tráfego encaminhado ou referral)
  • Tráfego direto que chega à sua web (sem passar por ninguém antes)
  • Email de marketing etiquetado normalmente como newsletter

Os meios (medium) mais significativos são:

  • Orgânico (organic): resultados orgânicos ou não pagos num motor de busca, por exemplo. É importante mencionar que os free booking links seriam as entradas orgânicas do Google Hotel Ads.
  • CPC: tráfego pago na modalidade custo-por-clique.
  • CPA: tráfego pago na modalidade custo-por-aquisição ou comissão.
  • Encaminhamento (referral): o tráfego que vem de domínios ligados à sua web.

E aqui qualquer combinação de fonte/meio vale. Por exemplo, google/organic, trivago/cpa ou  google hotel ads/organic.

À margem destes valores padrão, cada hotel pode etiquetar o tráfego que chega à sua web personalizando os valores das variáveis fonte e meio. Por exemplo, pode etiquetar o tráfego de redes sociais como social/facebook ou como instagram/ads ou o tráfego que chega da rede wi-fi dos hotéis como direct/wifi.

Onde obtém a Mirai a fonte e o meio de cada reserva?

Na Mirai temos total rastreabilidade quer se trate de uma reserva na web, do contact center, empresarial, de agência ou gerada por alguns escaparates como a metapesquisa. A partir de agora, iremos também incorporar a informação da fonte e do meio em cada uma das reservas e fá-lo-emos através de uma integração com o Google Analytics por API e transferindo para cada uma das reservas a sua fonte e meio correspondente.

Todas as noites consultamos no Google Analytics as reservas do dia anterior e introduzimos no nosso sistema a fonte e o meio que Google atribuiu.

A partir desse momento, esta informação estará disponível em todas as listas e relatórios na nossa extranet.

  • Listas de reservas.

Listas reservas mirai

  • Detalhe de cada reserva.

Detalhe reserva mirai

  • Transferência de reservas em excel.

Transferência reservas excel mirai

  • Dentro de pouco tempo incorporaremos estas novas variáveis na nossa plataforma de BI, o que lhe permitirá segmentar as vendas do seu hotel ou cadeia por fonte e meio e cruzá-las com variáveis tais como mobile, tipo de quarto, ocupação ou mercado de origem. Um mundo de possibilidades para que possa compreender melhor a sua venda direta e as oportunidades de crescimento.

É compatível com todas as versões do Google Analytics?

Só com o Google Analytics 4. Não com versões anteriores (Universal ou assíncrono). Em qualquer caso, deve saber que a Google decidiu deixar de suportar a versão Universal a partir de 1 de julho de 2023, pelo que decidimos só implementar esta integração com o Google Analytics 4.

Se a Mirai é responsável pela sua web, não se preocupe, é muito provável que já tenha sido migrada para Analytics 4. Se tal não se verificar, contacte o seu account manager. 

Se outra empresa for responsável pela sua web, deverá coordenar com ela a migração para Analytics 4. O seu account manager pode ajudá-lo a fazer isto, ou mesmo fazê-lo por si, mas dependerá das permissões concedidas pela empresa que gere a web.

Qual é o modelo de atribuição das reservas?

O Google Analytics tem diferentes formas de atribuir uma fonte e meio a uma reserva. Até à versão Universal, o modelo de atribuição predefinido era “last non-direct click” ou, o que é o mesmo, ao último a gerar o acesso à sua web é atribuída essa mesma reserva. A partir do Google Analytics 4, o modelo de atribuição muda radicalmente passando a chamar-se “data-driven attribution”, que distribui de forma mais homogénea as reservas em função do peso que teve cada fonte ou ponto de contacto.

É importante mencionar que no Google Analytics há mais modelos de atribuição que pode configurar e que pode alterar todas as vistas. Todos são igualmente válidos, já que transmitem a mesma informação, mas de diferentes ângulos.

Quais são as vantagens deste sistema em relação a outros?

A forma normal de outros motores de reservas é registar a fonte e o meio das reservas através de marcas nas ligações (por exemplo, www.domain.com/?trace=XXX) que arrastam em todo o processo de reserva (na própria ligação URL ou através de um cookie), identificando assim as reservas e atribuindo-as a uma fonte inicial.

Estes sistemas funcionam, mas têm vários problemas:

  • Incoerência com o Google Analytics. Sem dúvida que um dos grandes problemas para os marketers é que a informação não coincide com o reportado pelo Google Analytics. A razão é apenas o modelo de atribuição. Num sistema de marcas, a atribuição costuma ser a duração do cookie e esta costuma ser de 30 dias. O Analytics, por outro lado, tem os seus próprios mecanismos (mais precisos e em constante evolução). Estas inconsistências são desconfortáveis, levantam muitas dúvidas e complicam a realização de uma boa análise.
  • Só registam uma parte do tráfego e, portanto, são incompletas. Marcam apenas o tráfego pago (ações de marketing digital como Google Ads ou objetivos). O resto do tráfego vem sem marca e, portanto, é etiquetado como “outros”, incluindo tráfego direto, encaminhamento referral (webs que se ligam à sua web) e, sobretudo, o tráfego orgânico do Google (o tráfego não pago nos resultados orgânicos do Google). Informação fundamental que perde.
  • Não são cross-device. O caminho para uma reserva pode ser muito complexo e é cada vez mais comum que o mesmo utilizador esteja a navegar em dispositivos diferentes na mesma reserva. Com um sistema de marcas, a rastreabilidade cross-device é nula. Uma das grandes vantagens do Google Analytics 4 é a sua potência para seguir o tráfego e as conversões a partir de diferentes dispositivos.
  • Pode não funcionar em navegadores que já limitam cookies como o Safari ou o Firefox. A Google anunciou que em 2024 deixará de suportar cookies de terceiros no seu navegador Chrome.

O sistema que desenvolvemos na Mirai para extrair a fonte e o meio:

  • É coerente com o Google Analytics.
  • Reporta todas as reservas, incluindo os meios não pagos.
  • Assegura o rastreamento multidispositivo, uma vez que nos apoiamos na rastreabilidade do Analytics 4.
  • É compatível com hotéis com dois websites, um individual e outro corporativo, uma vez que se ligará aos dois Analytics em busca da fonte e do meio da web que o tenha registado.
  • Continuará a funcionar mesmo que os navegadores não suportem cookies, uma vez que o Google Analytics 4 foi concebido para tal.

Estou interessado. O que tenho de fazer?

Duas coisas:

  • Assegure-se de que tem o Google Analytics 4 instalado na sua web.
  • Assegure-se de que, na Mirai, temos acesso de leitura à API do Google Analytics. O seu account manager poderá indicar-lhe como o fazer.

Uma vez mais, caso tenha a web com a Mirai, não terá de se preocupar.

Em qualquer caso, poderá resolver todas as suas dúvidas com o seu account manager.

 

Porque ter um orçamento fechado nas suas campanhas pagas é prejudicial para si?

In Englishen españolen français.

Os números mostraram-nos que a venda direta está a passar por um momento favorável, tornando-se um canal muito relevante, ou mesmo o principal, no channel mix. Os esforços para promover o canal direto estão a dar os seus frutos, mas também devem ser um incentivo para que nos perguntemos: O que posso fazer para melhorá-lo?

Já falámos sobre a forma de manter ou aumentar a nossa quota de vendas diretas após a pandemia, mas agora é hora de dar um passo à frente e propor uma mudança disruptiva: acabar com os orçamentos fechados nas campanhas pagas.

limitação orçamento campanha Mirai

A realidade das campanhas pagas

Atualmente, as campanhas pagas (Google, Facebook, Bing…) costumam representar 30% a 50% do total das reservas do nosso canal direto, seja por conversão direta ou assistida. É uma grande fatia do bolo que provavelmente não mudará tão cedo, considerando que cada plataforma oferece cada vez mais maior visibilidade dos resultados de campanhas pagas em relação às orgânicas. Além disso, o facto de haver alta concorrência de outros atores, tanto em campanhas de branding como nas de prospecting (campanhas genéricas), garante que o potencial cliente sempre será impactado antes por um anúncio pago do que por um resultado orgânico.

campanhas pagas Mirai

No marketing digital, podemos saber onde foi investido até ao último euro, o impacto que gerou, o seu desempenho, etc. E tudo quase em tempo real! Neste cenário, em que dispõe de dados atualizados e de uma capacidade de controlo nunca antes imaginada (segmentação, retargeting, automatização, etc.), é quando se deve perguntar se se adaptou para tirar o máximo proveito ou ainda está a considerar o marketing digital como uma despesa, em vez de um investimento.

Os números por trás de uma decisão

Investir em campanhas de tráfego pago é rentável para todos os setores. E para o hoteleiro também! Dependendo do ticket médio de reserva, a comissão suportada pelas campanhas de branding no ecossistema Google pode variar entre 2% a 7%, considerando que são clientes que já nos conhecem, ou pelo menos pesquisam o nome do nosso hotel. Mesmo levando em consideração os cancelamentos, na maioria dos casos, os dados finais são muito melhores que os de outros canais de reservas.

E o novo cliente? Podemos conquistá-lo com uma margem lucrativa? Quanto estaria disposto a pagar por isso? Aproveitando a comissão reduzida suportada nas campanhas de branding, podemos assumir uma comissão mais elevada nas campanhas de prospecting. Inicialmente, essas campanhas podem não alcançar uma rentabilidade superior àquela que podemos conseguir através de outros canais, mas isso não deve ser motivo para descartá-las. É da nossa responsabilidade analisar todos os dados como um todo e ter em consideração se os resultados gerais se enquadram nos nossos objetivos.

Este é um exemplo claro daquela situação em que, ao focar a nossa visão numa árvore, esta impede-nos de ver toda a floresta na sua totalidade. É melhor para um hotel ter uma comissão de 3,5% suportada por obter 100 reservas mensais apenas com campanhas de branding, ou para o mesmo hotel ter uma comissão de 10% obtendo 200 reservas mensais com campanhas de branding e prospecting?

Suponhamos um ticket médio por estadia de 300€. No primeiro caso, investimos 858€, gerando uma receita de 30.000€, ao passo que no segundo, com um investimento de 6.000€, gerou-se uma receita de  60.000€. Não se trata apenas de gerar mais negócios (e isso sem considerar oportunidades de upselling e de despesas in situ do cliente), mas também de conquistar um novo cliente (e afastando-o da concorrência) e de alimentar o canal direto para não depender tanto dos restantes canais, a um custo menor do que teríamos neles.

O setor hoteleiro optou claramente pelo canal direto, e sabe que é muito importante no seu channel mix, mas deve acreditar tanto na sua rentabilidade presente como futura.

As lacunas dos orçamentos fechados nas campanhas pagas

Todo esse cenário é bem conhecido por grande parte do setor, que aceitou de bom grado o investimento em campanhas pagas como pilar fundamental de seu canal direto. Mas, ao contrário da lógica hoteleira, em que sempre se procura o maior benefício, a eficácia de um canal capaz de demonstrar a sua rentabilidade diária com números é limitada.

restrições orçamentais Mirai

 

Essa limitação tem um impacto na eficácia das campanhas atuais e futuras:

  • Limitação na expansão de mercados: Se começarmos com um orçamento fechado, o mais lógico é estimá-lo com base no nosso desempenho em anos anteriores nos markets em que estivemos presentes. Faz sentido, mas limitará a nossa capacidade de assumir o potencial crescimento em outros markets, eventualmente ainda mais rentáveis do que os atuais.
  • Incapacidade de reagir à maior procura: Num cenário mundial tão volátil como o dos últimos anos, não devemos supor que resultados passados ​​garantam resultados futuros. É muito difícil fazer estimativas realistas e, se as mantivermos, provavelmente perderemos oportunidades de aumentar a procura que têm sido tão frequentes nos últimos meses.
  • Perda de reservas em relação a outros canais ou à concorrência: A principal consequência de não ter orçamento suficiente, mesmo para cobrir pesquisas de marca, leva-nos a uma consequência lógica em que esgotamos o orçamento mensal antes do final do mês, ou em que deixamos simplesmente de lutar nesse mercado. Nem mesmo ao cobrir o primeiro resultado orgânico nos garante visibilidade suficiente para o utilizador descartar as 4 primeiras opções publicitárias (adicionar extensões de anúncio, imagens, destaques,…) que lhe são apresentadas, ou deslizar o dedo no ecrã do telemóvel até encontrar o primeiro resultado orgânico. A consequência? A perda dessa reserva no canal direto por outro canal com menor rentabilidade, ou mesmo pela concorrência direta.

perda oportunidades Mirai

  • Perda de oportunidades comerciais: Em relação ao ponto anterior, muitos hoteleiros não identificaram totalmente a diferença de valor entre a reserva feita através do canal direto ou de qualquer outro canal. Os números mostram que a comissão suportada é menor para adquirir a mesma reserva, para além do valor do ticket médio ser superior nas reservas diretas, graças a ofertas exclusivas e outras possibilidades, tais como uma boa estratégia  de upselling. Além disso, a recolha direta facilita muito a inscrição no seu clube de fidelização e reduzirá as despesas de recolha nas futuras campanhas.
  • Otimização insuficiente das campanhas publicitárias: As plataformas publicitárias evoluíram muito nos últimos anos, criando algoritmos inteligentes que aprendem com base nas informações que recebem. O que acontece se tivermos campanhas com um orçamento menor do que o necessário, se pararmos de forma intermitente de acordo com o orçamento ou se não obtivermos o número suficiente de conversões para alimentar o algoritmo? Que funcionam pior em relação a outros, resultando num CPC mais alto (seja em campanhas de branding ou muito mais em campanhas de prospecting) e com um CPA instável que não permite que o sistema tenha um ponto de referência para otimizar. Com estas práticas, comprometemos o desempenho das campanhas atuais e condicionamos o das campanhas futuras.
  • Desperdício de oportunidades, dependendo do desempenho: Embora o objetivo principal das campanhas seja aumentar o número de reservas mantendo níveis aceitáveis ​​de comissão suportada, ninguém se pode esquecer que é muito difícil obter resultados muito diferentes, se sempre fizermos o mesmo. Ter um orçamento fechado pode limitar-nos quando se trata de experimentar novas possibilidades que podem potencialmente alcançar melhores resultados. Iniciar ações em plataformas inexploradas, com menos concorrência, pode representar uma oportunidade de crescimento que nem sequer consideramos se não podemos dedicar-lhe um orçamento exclusivo, logo dependemos excessivamente do desempenho imediato das campanhas.
  • Perda de oportunidades no processo de tomada de decisão do cliente: Sabemos que a decisão de fazer uma reserva de hotel raramente é tomada num impulso momentâneo. Trata-se de um processo em que o potencial cliente tem mantido um grande número de contactos com o hotel, que estão interligados (visita do perfil nas redes sociais, site, ficha de Google My Business, anúncios,…), antes de efetuar a reserva. Manter as campanhas pagas ativas garante-nos a presença neste complexo processo de decisão e, sobretudo, impede que outro canal nos “roube” uma reserva direta, simplesmente por não aparecer no local exato na hora exata.
  • Esquecer a First Party Data: Será um dos fatores mais diferenciadores no futuro do marketing. Todas as informações em primeira mão que temos sobre os utilizadores, que interagiram nas nossas plataformas, são um elemento diferencial em relação à concorrência e podem fazer a diferença no processo de decisão do cliente. Alguém não gosta de receber um desconto personalizado em qualquer hotel da cadeia apenas duas semanas antes da hora em que reservou num dos nossos hotéis no ano passado? Coincidência? Com a First Party data, podemos realizar ações extremamente precisas e, num mundo em que a proteção de dados se torna cada vez mais relevante, em que as grandes plataformas publicitárias têm problemas de adaptação às políticas de privacidade das diferentes entidades governamentais, a expressão “informação é poder” faz cada vez mais sentido.  Ter uma base de dados de utilizadores, potenciais clientes ou recorrentes pode representar um ponto de viragem em relação à concorrência nas nossas futuras campanhas e uma vantagem diferencial que nos permita ter um impacto nas pessoas certas. Tendo em conta esta circunstância, a importância do utilizador que visita a nossa página ou se regista no nosso programa de fidelização não pode ser subestimada.

O que precisa para ter um orçamento aberto

  • Mais orçamento para as suas campanhas ou, idealmente, não limitar o seu orçamento.
  • Uma equipa de especialistas para gerir as suas campanhas, sejam elas internas ou externas.
  • Monitorização constante.
  • Automatismos para pausar ou reativar campanhas.
  • Uma ferramenta de rastreabilidade precisa.
  • Um motor de reservas com grande precisão e detalhe no tracking.
  • Um sistema completo de reporting mensal.

Se colocar as suas campanhas de Marketing Digital nas mãos da Mirai, pode ficar tranquilo, uma vez que dispomos dessas opções para que possa controlar a sua despesa sem limitar o seu potencial de vendas diretas.

necessidade orçamento aberto

Da despesa ao investimento, uma evolução lógica

Uma das coisas que mais nos surpreende é que, num mundo hoteleiro em que o modelo comissionável está perfeitamente integrado na vida quotidiana e é mais do que uma possibilidade, é uma necessidade, o dinheiro destinado a campanhas publicitárias pagas é visto como uma “despesa” em vez de um investimento.

Nas mãos dos profissionais certos, as campanhas pagas são um recurso valioso que pode ser otimizado para devolver um ROAS muito superior ao dos restantes canais. Com um grande conhecimento do mercado global e a colaboração dos clientes, que podem fornecer insights específicos, juntamente com uma velocidade de resposta rápida para se adaptar às novas necessidades, os riscos são minimizados e podemos tirar o máximo proveito de cada euro investido.

Ter um orçamento fechado pode parecer uma opção lógica para manter um controlo de custos, mas limita as possibilidades do nosso canal direto e, sobretudo, limita o nosso potencial. Vamos aproveitar as oportunidades que temos e tirar proveito de todo o trabalho que fizemos para melhorar o nosso site.

Este tipo de assessoria é o que oferecemos na Mirai com base na nossa experiência e conhecimento do setor. Se quiser saber como podemos ajudá-lo, entre em contacto connosco através do seguinte email miraidigital@mirai.com.

 

trivago melhora o seu programa CPA ou comissão e terá em consideração os cancelamentos (CPA líquido)

In Englishen españolen français.trivago Net CPA Mirai

Há um ano, a trivago lançava o seu modelo de participação baseado em comissões por conversão ou CPA (custo por aquisição ou, simplesmente, por comissão) e a Mirai foi dos primeiros partners a nível mundial a implementá-lo.

Actualização de març 2023: O trivago lança os Free Booking Links  

Durante este ano complicado, este modelo de CPA foi bem sucedido, ajudando a reduzir o risco do hotel ter de pagar só por reserva realizada (não por cliques) e em modo de comissão (algo que o hoteleiro entende bem) permitindo assim a participação num meta motor de pesquisa tão importante como a trivago.

Os nossos dados demonstram resultados tanto de visibilidade, conversão, como de rentabilidade muito interessantes para a alta incerteza e volatilidade que tinha o mercado.

trivago Net CPA Mirai
Jun-dez 2021, campanhas Mirai

O problema deste modelo é que o hoteleiro ainda assume o risco do cancelamento, o que ainda gera alguma incerteza, já que, não obstante em redução sustentada, continuamos com taxas de cancelamento mais altas do que em 2019. Se acrescentamos este dado à nossa tabela, veremos que os custos reais dos hotéis aumentam substancialmente, embora continuem abaixo do limite de 18% que nos marcam as OTA.

taxa impressão conversão Net CPA trivago Mirai
Jun-dez 2021, campanhas Mirai

CPA líquido ou comissões líquidas, o novo produto do trivagojun -dez 2021, campanhas Mirai

Conhecedor desta situação e com o intuito de abordar esta preocupação hoteleira, a trivago evolui o seu modelo CPA bruto para o converter em Net CPA e terá em consideração os cancelamentos no momento de cobrar a comissão.
O modelo será lançado em breve pela trivago e na Mirai já realizámos os desenvolvimentos necessários para garantir uma rastreabilidade precisa, assim como, a reconciliação das reservas e sermos os primeiros a adotar o novo modelo CPA.

Em que consiste o novo CPA líquido da trivago?

Ao contrário das comissões às OTA ou ao Google Hotel Ads na sua modalidade de “commission per stay” que são pagas reconciliando reservas “post-checkout”, no modelo Net CPA da trivago o procedimento é diferente, ainda que o resultado seja praticamente igual.

  1. No final de cada mês, a trivago cobrará uma comissão por as reservas efetuadas durante o mês, como no modelo CPA bruto, à exceção das reservas realizadas e canceladas no mesmo mês.
  2. O hotel terá até 180 dias desde a data da realização da reserva ou, como limite, a data de checkout, para reconciliar as reservas e notificar cancelamentos e modificações à trivago
  3. A cada mês, a trivago terá em consideração esses cancelamentos e modificações (como notas de crédito) e ajustará a fatura do mês seguinte regularizando essa diferença.

De tal maneira que ao longo de um ano, o resultado da comissão efetiva a pagar é sobre as reservas líquidas, já que os cancelamentos serão devolvidos pela trivago em cada fatura subsequente.

Quais são as novas comissões neste modelo CPA Líquido?

A comissão mínima varia por mercado e baseia-se nas comissões mínimas já estabelecidas para o CPA bruto, às quais se soma mais 20%. Isto é, se em CPA bruto a comissão é de 5%, em Net CPA será de 6%. O que a trivago faz não é mais do que antecipar cancelamentos de 20%, que é um valor abaixo do mercado inclusive com dados de 2019 e muito mais agora. É, portanto, uma proposta altamente atraente por parte da trivago. É importante que o hotel estabeleça um objetivo de CPA competitivo para conseguir uma boa visibilidade, já que o CPA mínimo poderia não ser suficiente.

A trivago permite estabelecer 6 níveis de comissão por cada mercado para que os hotéis consigam uma maior visibilidade nos diferentes pontos de venda. Em todos os casos são comissões muito abaixo do limite que gerem as OTA (18%-20%), o que a converte numa opção muito recomendável. É preciso ter em conta que a função principal da trivago está na parte baixa do funil de conversão e, portanto, é um “channel shift” ou “mudança de canal” onde tudo o que capte abaixo de 18% é benéfico para si.

As comissões mínimas de partida em cada mercado são as seguintes:

comissões mínimo mercado trivago net CPA Mirai
Valores mínimos de CPA em campanhas Mirai

Poderei combinar diferentes modelos (CPC, CPA bruto e Net CPA?

Não dentro do mesmo mercado. Sim, desde que em mercados diferentes. Nesse caso, cada hotel deverá escolher para cada mercado entre os modelos CPC, CPA bruto e CPA líquido em função do seu ADR ou preço médio e a sua percentagem de cancelamentos nesse mercado.

Como dizíamos antes, os cancelamentos estão a moderar-se em todos os mercados, mas ainda existem diferenças. À medida que vejamos como se levantam as restrições de movimento entre países, esperamos uma maior correlação.

trend cancellations source market Mirai

O que acontece se uma reserva é cancelada 6 meses depois da sua data de reserva?

É um dos pontos “de fuga” deste modelo, já que pagaria essa comissão não obstante estar cancelada. A realidade é que contabilizamos as reservas que satisfazem esta casuística e são mínimas. De qualquer caso, se isso ocorrer consigo, deve contemplá-lo e aumentar proporcionalmente a comissão líquida final. Se, por exemplo, cerca de 2% das suas reservas são canceladas após 6 meses de serem realizadas e está a pagar 8% de CPA líquido, isto iria afetá-lo com um aumento de 0,16% da comissão a pagar (8% x (1+0,02)=8,16%).

Mirai cancelamentos seis meses trivago CPA
Jun-dez 2021, campanhas Mirai

 Que outras mudanças traz o Net CPA da trivago?

Há muitas coisas que não mudam entre o CPA líquido e o CPA bruto da trivago e que continuarão iguais: 

  • Como se visualizam os anúncios
  • Como se posicionam no ranking de resultados da trivago
  • A frequência das mudanças de comissões e campanhas
  • A ativação de campanhas
  • A janela de atribuição de campanhas é de 30 dias
  • A possibilidade de participação das OTA

O maior impacto da mudança do CPA líquido produz-se na forma como os cancelamentos afetam as comissões a pagar e ao nível da faturação entre a trivago e os seus partners de conetividade.

Quero ativar o meu hotel em Net CPA ou migrar as minhas campanhas atuais para Net CPA, posso fazê-lo já?

Esta mudança tem de ser feita pelo seu integration partner da trivago e deve contactar com eles para solicitar a alteração.

Na Mirai sempre nos esforçamos para sermos os primeiros a adotar as novas funcionalidades e desenvolvimentos e estamos preparados para implementar o modelo do Net CPA quando for lançado pela trivago. Este novo modelo estará disponível para todos os nossos hotéis independentes.

Onde tenho que reconciliar as reservas da trivago para que me sejam descontados os cancelamentos?

Se usar a Mirai como motor de reservas ou conetor de metas, nós faremos a reconciliação por si. Não tem que fazer nenhum passo manual adicional.

 O Net CPA está também disponível para Rate Connect?

Sim. Os clientes que tenham contratado o serviço da trivago Rate Connect também podem usar o CPA líquido. Três diferenças:

  • Será um modelo puro de comissão por estadia com reconciliação pós-checkout e descontando cancelamentos (como as OTA).
  • As comissões mínimas oscilarão entre 15% e 18% do valor de reserva, incluindo impostos.
  • A Trivago disponibiliza ao hotel o “trivago business studio” para que o hoteleiro possa realizar as reconciliações.

Conclusão

A trivago acerta com esta melhoria, fornecendo um modelo mais simples, transparente e seguro para os hotéis. Desta maneira, reduz substancialmente o risco do investimento e melhora, portanto, o retorno do mesmo.

Este modelo deveria animar todos os hotéis que não investem atualmente na trivago a começarem a fazê-lo, escolhendo a estratégia (CPC, “gross CPA” ou “Net CPA”), sempre pelo mercado que mais se adeque às suas necessidades.

Outra das grandes vantagens é psicológica. Ao tratar-se quase de um modelo de comissão por estadia, em muitos casos os hoteleiros poderão não contabilizar o pagamento de comissões como orçamento de marketing, mas antes como custo de distribuição, permitindo-lhes contar com mais orçamento para diversificar os seus investimentos em marketing digital pago.

Para os que já estejam a investir na trivago em modelo de CPA bruto, o natural é passarem para o Net CPA, sempre e quando o seu cancelamento nesse mercado seja 20% ou superior. Para os que se mantêm em CPC por ser mais benéfico (porque têm a distribuição muito controlada, bom ADR e a sofisticação de poderem gerir e automatizar os CPC), esta mudança não parece ser muito relevante.

Como destacar o seu hotel eco sustentável no Google e na Booking.com

In Englishen españolen français.

Um dos diversos efeitos positivos da pandemia é a sensibilização global cada vez maior de milhões de pessoas sobre as questões ambientais. As investigações realizadas recentemente pelo Booking.com confirmam essa tendência, concluindo que, com o regresso das deslocações, os viajantes ficam mais sensibilizados sobre a forma de como viajar de maneira mais sustentável.

Os grandes atores do setor de distribuição, na sua busca de adaptação às preocupações do utilizador (de acordo com Travalyst, 71% dos viajantes globais acham que as agências de viagens deveriam oferecer mais opções de viagens sustentáveis) e com o seu objetivo de transformar o futuro das viagens numa mais-valia sustentável, estão a começar a mostrar rótulos de sustentabilidade nas suas plataformas. Se o seu hotel está comprometido com o meio ambiente, mostre aos seus utilizadores nas principais vitrines e tire proveito disso. Passamos a explicar como:

Google

Desde o final do verão de 2021, o Google começou a identificar hotéis eco sustentáveis ​​e os utilizadores do Google Travel já podem ver informações sobre esses hotéis e as suas certificações ecológicas nas suas fichas do Google Business Profile (anteriormente conhecido como Google My Business) dentro da secção de Google Travel.

Google hotel eco sustentável Mirai

A sustentabilidade do hotel será destacada com o ícone de uma folha verde nos hotéis que receberam a certificação de sustentabilidade ambiental por parte de uma das 29 entidades ou normas reconhecidas pelo Google.

Ao clicar no selo, encontrará informações sobre as práticas sustentáveis ​​do hotel:

 

Google sustainability certificate Mirai

certificação google sustentabilidade Mirai

O que devo fazer para ativá-lo e para que este ícone apareça no meu hotel?

A primeira coisa a fazer é obter uma certificação eco sustentável de uma das entidades aceites pelo Google. Depois de obtê-la, deve aceder à sua ficha de Google Business Profile e entrar em Informações> Atributos do hotel, onde poderá encontrar a secção de Sustentabilidade e Eco-certificações. Aqui poderá registar as suas práticas sustentáveis ​​e certificações.

activar ícone sustentabilidade Mirai

Na tabela de sustentabilidade, poderá detalhar todas as práticas listadas que implementou nos seus estabelecimentos, marcando Sim/Não ou especificando outro motivo.

Google quadro sustentabilidade Miraigoogle outra razão para sustentabilidade Mirai

Google informação sobre alojamento de acordo com Mirai

 

Na secção de Certificações ambientais, poderá indicar aquela que o hotel possui:

Mirai certificação ambiental google

Depois de fazer isso, terá que aguardar alguns dias para que o Google atualize a sua ficha e que o selo ecológico apareça no Google Travel.

Essa etiqueta ecológica afetará a minha posição nos rankings e a utilização dos filtros do Google?

Não há qualquer vantagem de posicionamento nos rankings de Google Travel para além da visibilidade da etiqueta que pode levar os viajantes mais conscienciosos a escolher o seu hotel.

Mirai posicionamento Google

Nem hoje existem filtros para escolher hotéis com certificação ecológica. Mas é muito provável que num futuro próximo possamos filtrar por este tipo de certificados, como aconteceu com a implementação de filtros anteriores em ocasiões precedentes:

  • No passado, o Google não apresentava as ocupações nas suas pesquisas e, em seguida, adicionou configurações para adultos e crianças.
  • No caso das tarifas canceláveis, o Google começou a exibir as condições das tarifas nos seus resultados e, posteriormente, o filtro para mostrar apenas as tarifas canceláveis.

Durante a pandemia, o Google acrescentou o filtro de salas para o pessoal de emergências COVID-19, destacando a política do Google de apoio a causas sensíveis para o público em geral.

Covid19 room filter Mirai

Nesta linha, além disso, há cerca de algumas semanas, o Google apresenta também a emissão de carbono dos voos no Google Flights.

Google emissão carbono voos Mirai

Booking.com

Outro dos grandes atores da distribuição que recentemente aderiu à tendência de promoção de hotéis sustentáveis ​​é a Booking.com, que, desde 15 de novembro, oferece acomodações sustentáveis ​​aos seus utilizadores com o selo “Travel Sustainable”.

Booking.com eco label Mirai

Atualização agosto de 2023: Booking.com inclui o filtro “Sustainable Travel” que permite aos utilizadores pesquisar e selecionar a sua opção de alojamento com base neste critério.

O que fazer para ativá-lo?                                                                                                              

Na secção “Facilities and services” da extranet da Booking.com, poderá marcar as práticas sustentáveis ​​que o seu estabelecimento segue.

Sustainability practices Booking.com Mirai

Os estabelecimentos, que alcançam o limite de impacto exigido (através de uma combinação e ponderação de cada uma das práticas), bem como aqueles que possuem uma ampla gama de certificações e rótulos existentes, por exemplo, aqueles oficialmente reconhecidos pelo Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC), Turismo Verde e o rótulo ecológico da UE; recebem o selo Travel Sustainable. Se tiver uma certificação ecológica diferente dessas, poderá solicitar que a Booking.com o inclua como um organismo de certificação através deste formulário. Essas organizações enviam informações sobre as certificações dos estabelecimentos para a Booking.com duas vezes por ano.

 

Assim como no Google, esperamos que mais tarde seja possível filtrar os estabelecimentos que possuem o selo de estabelecimento sustentável.

Apoio governamental

Dada esta preocupação global por um mundo mais sustentável, alguns governos estão a adoptar uma abordagem prática, fornecendo subsídios para a obtenção de certificados de sustentabilidade, e espera-se que mais se associem.

Como exemplo, a União Europeia lançou um esquema de ajuda para ajudar as empresas e sectores mais afectados pela pandemia de Covid-19, incluindo o sector hoteleiro (mais informações sobre a NextGenerationEU).

Não há mal nenhum em perguntar ao seu governo local ou regional se o estão a considerar.

Conclusão

A tendência para o consumo sustentável está a avançar, de forma imparável, em todos os setores e foi reforçada pela pandemia. Como hoteleiro, é importante ter uma consciência real e o objetivo de contribuir para a redução do impacto ambiental da atividade turística, aprofundando-se as práticas reais eco sustentáveis. Mas esta é também uma oportunidade de o mostrar aos seus potenciais clientes: o seu estabelecimento ganhará visibilidade e prestígio que vão mais além da venda direta, alcançando a imagem global do seu hotel na internet e no mundo offline.

O Google e as grandes OTAs estão a dar os primeiros passos, configurando as suas plataformas como vitrines para tornar visíveis essas iniciativas ecológicas, e este é apenas o início de uma corrida infinita em direção a um mundo mais sustentável. Está nas suas mãos aproveitar esta eco visibilidade e continuar a adaptar as operações do seu estabelecimento até alcançar um turismo sustentável e de alta qualidade.

O tão esperado multiplicador de “data de entrada” chegou aos anúncios do Google Hotel Ads

In Englishen españolen français.

À semelhança do que acontece nas campanhas de Google Ads, já há algum tempo que o Google Hotels Ads permite a aplicação de ajustes de licitações (chamados multiplicadores) nas campanhas de metabuscadores. Assim, em vez de trabalhar com uma licitação linear, ao aplicar estes multiplicadores, passa a dispor de uma estratégia de licitação dinâmica que se adapta melhor às suas necessidades.

Google multiplier Mirai

Alguns dos multiplicadores mais frequentemente utilizados, que se aplicam tanto em Google Ads como em Google Hotel Ads, são, por um lado, os relacionados com o utilizador:

  • Localização: “Utilizadores em França”, por exemplo.
  • Dispositivo: “Utilizadores que utilizam o telemóvel”, por exemplo.
  • Lista de remarketing: “Utilizadores que visitaram o website mas saíram sem marcação”, por exemplo.

Por outro lado, existe outro grupo de multiplicadores que se aplicam exclusivamente aos Anúncios de Hotel e permitem alterar a licitação com base em variáveis relacionadas com a estadia:

  • Data da semana de check-in: “reservas com check-in à segunda-feira”, por exemplo.
  • Duração da estadia: “reservas com estadia mínima de 3 noites”.
  • Antecipação da reserva: “reservas para 1 mês ou mais”, por exemplo. Até agora, este era o único multiplicador que lhe permitia gerir a licitação por datas de estadia, embora o fizesse de uma forma muito imprecisa.

Consciente disto, a Google introduziu finalmente o novo multiplicador que resolve esta falha e permite aos hotéis trabalharem num formato a que estão muito mais habituados e que também é utilizado pelas OTAs (agências de viagem online): por data de entrada.

Assim, a partir de agora, poderá ajustar a licitação para um momento específico no tempo e tomar decisões baseadas na sua ocupação e procura esperada.

Google multiplier check-in date Mirai

Google multiplier bid Mirai

Possíveis casos de utilização

Este novo multiplicador aplica-se tanto às campanhas clássicas de anúncios de hotel Google como às campanhas de Google Property Promotion Ads. Isto significa que existem múltiplos cenários em que faz sentido utilizá-lo:

  • Cenários em que pretende aumentar as suas licitações por data de estadia:
  • Na topo da pirâmide onde entram em jogo os Anúncios de Google Property Promotion Ads.
    •       Ideal para aberturas de hotéis onde é necessário aumentar a visibilidade.
    •       Datas de baixa ocupação devido a cancelamentos de última hora, tempos de vazio entre dois períodos de grande procura ou simplesmente dias da semana em que a ocupação tende a ser mais baixa. Até agora, a arma que os hotéis tinham nestas situações era aumentar a comissão sobre as OTAs para alcançar uma visibilidade extra. Graças a este novo multiplicador, eles têm agora uma verdadeira alternativa.
    •       Eventos onde se oferece algo especial, tais como o Natal ou a passagem de ano.
  • Na base da pirâmide também faz sentido aplicar o multiplicador:
    • Compita com OTAs que estão a licitar agressivamente em datas muito específicas.
    • Aquelas datas com um ADR elevado que lhe permitirá obter um bom ROI, mesmo com uma proposta excessiva.
  • Há também cenários em que lhe poderá interessar baixar as suas licitações:
  • Quando o Canal Directo é o único com inventário e preços, depois de todos os outros canais de distribuição terem sido fechados. É aconselhável baixar a sua licitação se for o único no leilão (certifique-se, no entanto, de que está acima da licitação mínima ou da licitação de reserva).
  • Períodos de graves problemas de paridade. Baixar a sua oferta para aquelas datas de entrada onde existem disparidades, especialmente com fortes OTAs como Expedia ou Booking.com contra as quais não há nada a fazer. Resolva as questões de paridade o mais rápido possível e retome a licitação normal uma vez resolvidas.

Embora vejamos que este é um multiplicador muito versátil que pode ser aplicado em múltiplos cenários, acreditamos que será especialmente útil em tempos de grande procura, uma vez que nos permitirá ser mais competitivos no leilão face à pressão das OTAs, e não perder a visibilidade em momentos chave.

Qualquer que seja a sua aplicação, este novo multiplicador abre uma vasta gama de oportunidades de otimização que poderá alinhar muito mais de perto com as decisões de Gestão de Receitas.

Por agora, o multiplicador de datas de entrada está disponível em Anúncios de Hotel Ads, em CPC e Comissão de conversão (commission per Conversion), mas por enquanto ainda não se encontra disponível no modelo de Comissão por estadia ( In English).

Conclusão

Com este novo multiplicador, a Google continua a melhorar o seu produto, permitindo que as ofertas sejam ajustadas às diferentes fases do ciclo do estabelecimento hoteleiro, onde a procura pode flutuar e assim obter um melhor desempenho do motor de metapesquisa.

Desde a equipa da Mirai Metasearch estamos ansiosos por pô-lo em prática para que possa descobrir todo o seu potencial. 

Sandos reduz o seu custo por reserva através de estratégias de licitação inteligentes no Google Ads

In Englishen españolen français.

A Google lançou recentemente o Hotel Insights, uma ferramenta que fornece aos hotéis informações sobre tendências e recursos para melhorar a visibilidade do seu site e atrair mais utilizadores, a fim de melhorar o desempenho das suas ações de marketing. E dentro deste lançamento, o Google apresentou várias histórias de sucesso, incluindo a de Sandos Hotels & Resorts.

Nele explicam como enfrentaram o desafio de aumentar a eficácia dos investimentos nos anúncios Google, controlando a todo o momento o custo por reserva, trabalhando em conjunto com Google e com Mirai, uma vez que somos parceiros da Sandos na sua estratégia de Marketing Digital. Sandos alterou a sua estratégia de licitação, de licitação manual para licitação inteligente.

Desta forma, começaram a mostrar anúncios mais relevantes ao público certo, o que levou a um aumento dos cliques e a uma redução do custo de aquisição (-42%), otimizando assim a sua taxa de conversão (+88%) e o ROI (+60%).

De acordo com Bárbara Balderas, Directora de Marketing Digital da Sandos, “O nosso desafio era aumentar a rentabilidade das campanhas nestes tempos incertos sem perder o controlo do investimento”.

Pode ver a história de sucesso do Google aqui (in English).

Sandos Hotels & Resorts

Google free booking links: depois das opiniões, chegam os números

In Englishen español, en français.

No passado 9 de março, a Google anunciou o lançamento de free booking links. Sem dúvida, foi o maior movimento da empresa nos últimos tempos, avivando o eterno debate sobre a estratégia da empresa no ecossistema das viagens online.

free booking links Mirai

Oito semanas depois do lançamento, a névoa das opiniões foi-se dissipando graças a uma nova variável com a qual não contávamos: os dados. Mergulhámos até ao fundo da nossa base de dados, comparando as 8 semanas desde o lançamento (9 de março – 4 de maio) com as 8 semanas anteriores (12 de janeiro – 9 de março).

As áreas de estudo e o resumo executivo são:

  • A quota dos free booking links (doravante FBL para efeitos do presente posto) representa em média 17% dos cliques e 11% das vendas.
  • Os principais KPI hoteleiros como ADR, estadia média ou valor médio de reserva, não apresentam variações face às ligações pagas.
  • A taxa de conversão das ligações pagas são 64% superiores aos dos FBL.
  • Os FBL contribui entre 0.84% e 4.32% das receitas incrementais ao canal direto dos hotéis.
  • Até ao momento, não vimos qualquer impacto relevante na Impression Share das campanhas pagas.

Sem mais delongas, vamos à análise.

Comecemos com um pouco de contexto: Posição dos free booking links

É importante assinalar que os FBL só estão presentes no interior da ficha My Business (travel) do hotel e não em outros locais como search, maps e o resto da travel.

Actualização de março de 2022: O Google anuncia uma maior visibilidade nos free booking links que vai incluir na página de resultados do motor de busca, bem como no Google Maps. 

free booking links my business Mirai

Como explica a Google na sua documentação, o Hotel Ads só discrimina as suas métricas em duas categorias mas, lamentavelmente, a localização não é uma delas.

  • Natural Search ou localuniversal: O utilizador encontrou o anúncio ou FBL através de uma pesquisa, normalmente em google.com.
  • Pesquisa no maps ou mapresults: O utilizador encontrou a ligação de reserva através de maps.google.com.

Tendo isto em conta, se realizarmos a comparação com todos os dados disponíveis, estaríamos a comparar “alhos com bugalhos” já que os FBL não aparecem nem em maps nem nos resultados de pesquisa. Para evitar este problema e “isolar” os dados do My Business, definimos três cenários diferentes como passos de um funil:

  • Todos os dados agregados, combinando todas as localizações.
  • Eliminando maps, aproveitando o facto da google as identificar claramente nas suas métricas.
  • Só utilizadores que escolheram datas específicas (selected dates), eliminando os que se ficaram pelas datas pré-selecionadas por defeito pela Google, supondo que tais utilizadores estão mais baixo no funil e, portanto, é mais provável que aterrem no My Business.

A quota de cliques e vendas de FBL é de 17% e de 11% respetivamente

quota free booking links cliques vendas Mirai

Apesar de necessitarmos um valor para estabelecer uma conclusão, a realidade é que a quota de FBL depende do local do funil onde o utilizador se encontre. Estes 17% e 11% representam o melhor cenário, estabelecendo uma comparação “justa”. No entanto, quanto mais em cima no funil, menor é a percentagem de quota captada.

Outra importante conclusão é que a quota de clliques nos FBL está estreitamente relacionada com o Impression Share das campanhas pagas existentes (número de impressões que se recebem nos anúncios em comparação com o total que se poderia receber). O que faz muito sentido.

  • Quanto menor visibilidade tenham as campanhas pagas, maior será a quota de FBL. Num extremo, os hotéis que não tinham campanhas pagas ativas reportaram uma quota de FBL de 100%, como é lógico.
  • Nos hotéis com impression share muito altas tinham uma menor quota de FBL. No outro extremo, os hotéis com uma Impression Share perto dos 100% tiveram a quota de FBL mais baixa (13%).

impression share Mirai

As campanhas pagas de Hotel Ads converteram cliques em reservas 64% mais vezes que os FBL

Antes de começarmos a comparar KPIs como o ADR ou a taxa de conversão, tivemos que depurar e dissecar os dados e, assim, identificar situações em que foram apresentadas ao utilizador ambas as opções: anúncios e ligações grátis.

ads all options Mirai

Caso contrário, os valores seriam tendenciosos para os hotéis com uma maior quota de FBL (ao não estarem presentes anúncios) dificultando a comparação real. Para isso, selecionamos hotéis e mercados com uma impression share superior a 90%, garantindo que foram mostradas ao utilizador ambas as modalidades a maior parte das vezes. Os dados revelam alguns resultados esperados, mas também uma interessante surpresa.

diferença free booking links Mirai pagas

  • Não existem diferenças relevantes entre o “ADR”, a “estadia média” e, portanto, o valor médio de reserva. Dados que sem dúvida, fazem muito sentido.
  • É diferente a taxa de conversão que, nas campanhas pagas, foi 64% superior aos FBL. Inclusive em alguns mercados, como nos Estados Unidos, vimos maiores diferencias. Vejamos alguns motivos que possam provocar esta diferença em desempenho:
    • Localização privilegiada das campanhas pagas em comparação com as grátis.
    • Mais e melhor informação tende a favorecer a conversão. Informações como a política de cancelamento, regimes ou serviços destacados como o wifi estão presentes apenas nas ligações pagas.
    • Aspeto mais atraente com fotos dos quartos. Característica também única dos anúncios.
    • 4 espaços disponíveis face a um grande número na seção grátis, tendo um menor impacto das disparidades provocadas pelas OTAS. Por outras palavras, a probabilidade de que apareça uma OTA com um menor preço é maior quando o cliente clica em “ver mais tarifas”.

conversion rate Mirai

FBL: vendas incrementais 

De todas as perguntas que nos colocamos, provavelmente a mais interessante é até que ponto as novas ligações grátis representam nova venda e não canibalização da existente nas campanhas pagas.

O nosso primeiro foco foi centrar-nos nos hotéis que não tinham campanhas pagas ativas no momento do lançamento dos FBL. Estes hotéis são muito representativos, já que, obviamente não tinham cliques nem vendas originárias nos Hotel Ads. Isto permitiu-nos, portanto, realizar uma análise de forma simples e clarificadora. Para este grupo de hotéis, as conclusões são:

  • 28% dos hotéis ativados obtiveram pelo menos uma reserva a partir dos FBL, o que implicou um aumento médio das vendas de 11.1%
  • Não obstante, para sermos estatisticamente justos, devemos ter em conta todos os hotéis ativos nesta nova modalidade e não só os que obtiveram reservas. Considerando então, todos os hotéis, os FBL representarem em média um aumento nas vendas de 4.32%.

Seria correto considerar estas vendas adicionais como incrementais? A verdade é que nos sentimos confortáveis em afirmá-lo, já que estes hotéis não tinham campanhas pagas prévias. No entanto, devemos salientar que falamos sempre de venda incremental para o canal direto e nunca de “receitas totais incrementais”. Por outras palavras, cada nova reserva de FBL é uma reserva a menos procedente de uma OTA.

Continuamos na análise com um segundo grupo de hotéis, estes sim com campanhas ativas em Hotel Ads. Para estes hotéis e desde 9 de março, eram apresentadas ao utilizador duas opções para escolher o canal direto (pagas e grátis).

Medimos a quota de vendas originárias das campanhas pagas de Google Hotel Ads, antes e depois do lançamento dos FBL. Posteriormente, obtivemos uma quota total somando ambas as modalidades. 

  • A quota das campanhas pagas permaneceu constante.
  • FBL acrescenta em média 0.84% de vendas.
  • Sendo impossível definir se existe canibalização ou não, podemos afirmar sim que a soma de ambas as modalidades é maior desde o lançamento dos FBL.

quota campanhas pagas Mirai

Como conciliamos a diferença entre os 0.84% e os 4.32% de incremento?

  • Para os hotéis que não tinham campanhas, os FBLs implicam uma visibilidade incremental numa localização em que, de outro modo, não apareceriam. Pelo contrário, para os hotéis com campanhas pagas, os FBL “apenas” significam uma ligeira visibilidade adicional com uma segunda entrada nos resultados do motor de metapesquisa. É totalmente lógico que a incrementalidade seja muito menor que no primeiro grupo de hotéis.
  • Neste segundo grupo, os FBL aparentemente atuam como “colchão” ou “rede de segurança” para as ocasiões em que perderam a licitação e ficaram de fora da seção paga.

Para conciliar ambos os valores, poderíamos realizar a seguinte comprovação de segurança: Suponhamos um hotel que por licitação insuficiente fica de fora das posições pagas em 20% das ocasiões. Para estes hotéis, o incremento de vendas de FBL era de 4.32%. Se multiplicamos ambos os valores (20% x 4.32% = 0.86%) obtemos um valor muito similar aos 0.84% vistos no primeiro grupo.

De momento, não detetamos nenhum impacto negativo na impression share das campanhas existentes

O certo é que esperávamos um impacto na Impression share, no entanto, não vimos nenhum até ao momento. De facto, a realidade é que aumentaram cerca de 1.3%. Discriminamos os dados por mercado de origem igualmente sem encontrar diferenças significativas. Este resultado inesperado poderia ser explicado com:

  • Comparação “injusta” já que estamos a comparar dois períodos distintos dentro de um mesmo ano. Tanto a sazonalidade como a volatilidade da procura provocada pela pandemia, fazem com que a comparação não seja entre iguais.
  • Diminuição das taxas de cancelamento. Desde o começa da pandemia, a maioria dos hotéis migraram as suas campanhas CPC (custo por clique) para campanhas de comissão por estadia (in English). Nesta modalidade de comissão, os cancelamentos afetam de forma direta a quota de impressão. Quanto menor a taxa de cancelamento, maior será a estimativa de receitas da Google e, portanto, a licitação final do hotel. Apesar de as taxas de cancelamento dos últimos três meses continuarem a ser elevadas em relação ao período anterior ao Covid, foram significativamente mais baixas que nos meses anteriores.
  • Talvez seja muito cedo para ver movimentos por parte das OTAS no que diz respeito ao aumento das suas licitações, algo que sem dúvida faria aumentar as licitações médias. De momento isto é apenas uma hipótese, já que não dispomos de dados que o suportem. Devemos esperar um aumento dos CPC médios? Apesar de ainda não termos dados, tudo aponta para que sim, não obstante, o tempo (e os dados) o dirão.

Conclusões

O lançamento dos free booking links foi, sem lugar para dúvidas, um grande movimento por parte da google que, uma vez mais, sacudiu o ecossistema das viagens online e especialmente o dos motores de metapesquisa, dando ao canal direto mais opções para competir contra as OTAs. Apesar de 8 semanas não ser muito tempo, já é suficiente para tirar certas conclusões baseadas em dados e não só em opiniões.

Para os hotéis ativos nos FBL, recomendamos que cada um analise os seus próprios números no Google Analytics e convidamos-vos a tirar as vossas próprias conclusões. Caso não disponham desses dados, não hesite em solicitá-los ao seu integration partner. Na Mirai rotulamos os FBL de forma diferente para que possa diferenciá-los facilmente na sua consola de Analytics.

Os hotéis que ainda não estão presentes nos free booking links, podem contactar com algum dos Integration Partner da Google para poderem beneficiar desta visibilidade, tráfego e receitas adicionais e gratuitas. Na Mirai podemos ajudá-lo a incorporar a sua propriedade no Google Hotel Ads e nos free booking links, quer tenha o nosso motor de reservas ou não.

Para obter mais informações sobre como potenciar o seu canal direto nos motores de metapesquisa, clique aqui ou contacte-nos em metasales@mirai.com